"O importante aqui é que os refugiados fazem parte [da população], como eles moram aqui, vaciná-los significa proteger a todos. Se os refugiados forem excluídos do Plano Nacional de Imunização, isso quer dizer que o vírus continuará circulando."
Segundo a ACNUR, dos 78 países que elaboraram estratégias nacionais de vacinação (cerca de 50 iniciaram as imunizações), apenas metade (39) se comprometeu expressamente a incluir refugiados. A agência está trabalhando para garantir que cerca de 80 milhões de pessoas deslocadas à força em mais de 100 países sejam incluídas nos planos de vacinação e tratamentos contra a COVID-19, sendo 29,6 milhões de refugiados.
Segundo Mike Woodman, oficial sênior de saúde pública do ACNUR, existem riscos e consequências ao excluir os refugiados dos planos nacionais de vacinação. Usando o raciocínio de saúde pública, é impossível interromper ou reduzir de forma sustentável a transmissão do vírus, a menos que um mínimo de 70 por cento da população tenha adquirido imunidade.
Ou seja, garantir que os refugiados sejam incluídos na distribuição da vacina é chave para acabar com a pandemia. A exclusão de refugiados, outras pessoas deslocadas ou não nacionais dos planos de vacinação aumenta o risco de transmissão contínua nessas populações, que acarreta repercussões na população nacional.
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