Segundo a ACNUR, campos de refugiados são "lugares temporários construidos para fornecer proteção imediata para pessoas que foram forçadas a sairem de seus países por conta de conflito, violência ou perseguição". Cerca de 2.6 milhões de refugiados vivem em campos- entre os maiores do mundo estão o de Bangladesh, Uganda, Quenia, Jordania, Tanzania e Etiopia.
Desde o início da pandemia de covid-19, as organizações internacionais de ajuda humanitária alertaram sobre possíveis surtos nos campos de refugiados ao redor do mundo, e que essa possibilidade traria consequências catastróficas. Para evitar esse cenário, Bangladesh praticamente isolou o campo de refugiados rohingya em Kutupalong desde o início de abril de 2020 (DW, 2020).
Por mais que a ideia inicial seja a de fornecer abrigo e proteção para essa população, constantemente os campos de refugiados são alvos de críticas sobre as condições e o modo que tratam os imigrantes e solicitantes de refúgio- e isso se agravou com a chegada da pandemia. Em fevereiro deste ano, as Nações Unidas (ONU) solicitaram uma medida emergêncial para tratar as condições insanitarias e inseguras no campo de refugiados na Grécia. Além dos problemas que a pandemia trouxe, a situação de insegurança e violação de direitos básicos é algo sempre presente em alguns campos. Neles, por exemplo, mulheres e meninas são particurlamente mais vulneráveis a abuso sexual.
Para complementar, segundo Ana Asensi, em um artigo publicado no site ArchDaily (2020), "um campo de refugiados é toda uma cidade em si. Uma cidade temporária, em teoria. Uma cidade efêmera, cujos habitantes vão sendo colocados ali como peças de um quebra-cabeça. Uma cidade em estado de espera, aguardando uma arquitetura que parece ignorar a sua incontestável existência.”
ACNUR. What is a Refugee Camp? Disponível em: https://www.unrefugees.org/refugee-facts/camps/. Acesso em: 25 out. 2020.
ARCHDAILY. Campos de refugiados: de assentamentos temporários a cidades permanentes. 2020. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/940754/campos-de-refugiados-de-assentamentos-temporarios-a-cidades-permanentes. Acesso em: 25 out. 2020.
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